Tratamento adjuvante para melanoma metastático

Por Camaleão 13 de Janeiro | 2021

Conteúdo patrocinado pela Novartis

 

O melanoma tem uma alta taxa de cura quando diagnosticado e tratado precocemente. Muitas vezes os pacientes estão curados após a cirurgia, que é considerada a primeira opção de tratamento.1-3 No entanto, algumas pessoas podem ter um risco maior de o melanoma voltar a aparecer após a cirurgia, o que é chamado de recorrência.3 Isso acontece porque algumas células de melanoma podem permanecer no corpo, mesmo se a cirurgia remover com sucesso todos os tumores visíveis.4

O risco de recorrência é avaliado de acordo com as características do tumor, como espessura, ulceração, taxa de crescimento, presença de mutação genética e envolvimento dos linfonodos (células que atuam na defesa do nosso organismo).2,3 O melanoma de alto risco geralmente é mais profundo ou mais espesso (apresenta mais de 4 mm de espessura) no local primário ou se espalhou para os linfonodos próximos.4

 

Uma terapia estratégica para mitigar a recorrência

Agora você deve estar se perguntando: o que acontece com quem tem risco de recorrência? Calma! Existe outra opção de tratamento, o tratamento adjuvante. O tratamento adjuvante para o melanoma é uma terapia ou uma combinação de terapias que é administrada após a cirurgia. O objetivo do tratamento adjuvante é aliviar sintomas, melhorar a qualidade de vida, e retardar ou diminuir o risco de o melanoma voltar a aparecer.1-4

Como dito anteriormente, o tratamento adjuvante é recomendado para quem tem um alto risco de recorrência: pessoas que apresentam um melanoma com envolvimento de linfonodos (também conhecido como melanoma avançado) ou melanoma metastático, que se espalhou para outras partes do corpo.2,4 

 

Quais são as modalidades de terapia adjuvante?

Em alguns casos, a radioterapia pode ser recomendada como um tratamento adjuvante.1,3 Esse tipo de tratamento utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais que formam um tumor, aliviando sintomas e deixando mais confortável quem convive com o melanoma.3

Atualmente já existem outras terapias adjuvantes mais recentes e promissoras e, entre elas, estão a imunoterapia e as terapias-alvo.1-4 A imunoterapia utiliza medicamentos que estimulam o sistema imunológico a destruir as células de melanoma. Já a terapia alvo é um tratamento que inibe proteínas específicas que contribuem para o crescimento das células tumorais do melanoma e apresentam menos efeitos colaterais que a radioterapia.3

A decisão sobre a necessidade de um ou uma combinação de tratamentos adjuvantes e qual a melhor opção para quem tem melanoma deve ser discutida com a equipe médica. O tratamento pode diferir de acordo com o estágio do melanoma, suas características genéticas (como a presença de mutações em algum gene), com a idade do paciente, a existência de outras doenças e mesmo as preferências pessoais de quem tem um melanoma com alto risco de recorrência.2

Mutação BRAF e terapia-alvo

            A nível molecular, um dos principais tipos de mutação genética relacionada ao melanoma (presente em cerca de metade dos casos) é a existente em um gene chamado BRAF. O BRAF é um gene que "diz" às células como crescer. Uma mudança no gene pode levar a uma alteração em uma proteína capaz de permitir ao melanoma crescer de forma mais agressiva. Aproximadamente, metade dos melanomas carrega essa mutação e é chamada de “positiva para BRAF”.5

Após a confirmação da mutação, o oncologista traçará a terapia-alvo, que difere da quimioterapia convencional, sendo mais específica, e obtém resultados melhores e com menos efeitos colaterais. Por exemplo, o paciente não apresentará, de um modo geral, queda de cabelo, náuseas e vômitos. A terapia-alvo atinge apenas as células cancerosas que apresentam a mutação genética.5,6

Converse com o seu oncologista sobre o seu perfil clínico e a necessidade de se fazer um teste genético para rastreio de possíveis mutações genéticas no seu melanoma!

 

 

 

Referências

  1. Orzan OA, ?andru A, Jecan CR. Controversies in the diagnosis and treatment of early cutaneous melanoma. J Med Life. 2015;8(2):132-141.
  2. Up to date. Adjuvant therapy for cutaneous melanoma. Disponível em https://www.uptodate.com/contents/adjuvant-therapy-for-cutaneous-melanoma. Acesso em setembro de 2020.
  3. Melanoma Research Foundation. Treatment. Disponível em hhttps://melanoma.org/patients-caregivers/cutaneous-melanoma/treatment-cutaneous/. Acesso em setembro de 2020.
  4. Melanoma Research Alliance. Adjuvant Therapy. Disponível em https://www.curemelanoma.org/patient-eng/melanoma-treatment/adjuvant-therapy/. Acesso em setembro de 2020.
  5. AIM at melanoma foundation. BRAF in Melanoma - answering questions, addressing misconceptions [recurso eletrônico]. Disponível em https://www.aimatmelanoma.org/wp-content/uploads/BRAFinMelanoma.pdf Acesso em setembro de 2020.
  6. AZULAY, Rubem David. Dermatologia / Rubem David Azulay, David Rubem Azulay, Luna Azulay-Abulafia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
Categorias: Blog, Melanoma

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